segunda-feira, 22 de setembro de 2014

OS ESCRITOS DOS LIVROS DITOS SAGRADOS COMPROVAM POR SI MESMOS QUE NÃO SÃO DIVINOS , MAS ESSENCIALMENTE HUMANOS





















Os livros sagrados, escritos  por antigos ancestrais dos povos ,  são empreitadas concretizadas por homens diligentes que abraçaram com fé e paixão a responsabilidade de lançar as bases morais para encaminhamento do seu povo pelas gerações subsequentes. Desta maneira , contém seus ensinamentos ,leis ou regras segundo a concepção e entendimento de moral e de conduta inspirado segundo o próprio entendimento do certo e do errado de quem iniciou tais formulações. Assim é que nestes livros há a condenação há atos como roubar , matar , e outros atos consensualmente reprováveis por qualquer ajuizado em seu bom senso, assim como há diferenciações sobre corretas condutas entre uns e outros livros sagrados pelo que também nos livros sagrados ancestrais a cultura , a forma de encarar determinadas questões outras variam de um povo para outro. Desta forma se um condena a ingestão de bebida alcoólica outro pode ser tolerante quanto ao seu consumo. É diferente do quanto a matar e a roubar , que seguramente é algo reprovável em todos escritos sagrados, pois está isso como condenável já no âmago do entendimento moral do ser humano ético. Apenas se diferencia  o que fazer com o que comete roubo ou crime. Assim é que uns determinam cortar fora a mão do ladrão , outros determinam chicotear , apedrejar , ou o que seja. Essas diferenças se fazem pelo fato de haver culturas diferentes e seus diferentes entendimentos do agir em relação a esta ou aquela situação. Os livros sagrados são tidos como divinos pelos seus povos , mas na verdade essas diferenciações evidenciam o caráter humano de tais textos que se pretenderam a lançar as bases morais e encaminhamento dos povos segundo o entendimento do certo e do errado por esses ancestrais que assumiram o compromisso , a responsabilidade de assim o fazerem. Ora , se de fato Deus em pessoa fosse que determinasse as leis morais e as punições para quem as transgride , em todos os livros sagrados haveria as mesmas leis ,  os mesmos princípios , as mesmas condenações.   Não posso falar de todos os livros sagrados pois não os li a todos , apenas alguns livros da Bíblia conheço, e pelas minhas leituras e participações em debates já vi apresentadas contradições ( que alguns alegam erro de tradução ou ainda questão de discernimento de contextos diferentes) , logo , apresentam também    suas falhas, pois o homem não é perfeito e há imperfeição no que ele faz , se não aparente mas , numa análise mais detida.  ) . Não acredito porém que escrituras ditas sagradas , seja Bíblia ,  Mahabharata , Tri-Pitakas , Alcorão , Kitáb-i-Aqdas , etc. tenham sido escritas com a má intenção de escravizar ,  dominar ,mas sim de orientar o seu povo. Pessoas até movidas por um altruísmo relevante , e que até mesmo , não duvido , acreditavam de fato no que escreviam , e quem sabe até escreviam o que escreveram movidas por espíritos superiores ( O Chico Xavier disse que escrever também pode ser um ato mediúnico ). O fato é que movidos por suas determinações próprias , suas condutas segundo o prescrito em seus livros ancestrais , à medida em que os povos começaram a relacionar-se uns com os outros motivados por seus próprios interesses as formas de crer e conceber acabaram gerando conflitos entre uns e outros também. E já tem sido assim desde há muito tempo então. Assim se faz mesmo a hora de cada povo abdicar do seu Deus inventado pelos ancestrais ; escrever um novo livro como de um Deus que a todos contemple. A humanidade vai levar ainda um tempo para se desgarrar deste passado , mas a tendência é virar esta página , aposentando seus livros sagrados como uma curiosidade do passado , e abraçando um novo entendimento do mundo , do universo , de Deus , com perspectivas de uma convivência pacífica , harmônica , fraterna.



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